sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Alergia é curável


Alergia é curável - um novo enfoque Parte 1


Dr. Max Otto Bruker *
"Também sou alérgica" são palavras que os médicos ouvem com frequência. Fica a impressão de que quase todas as pessoas sofrem de alguma alergia. Fato: as estatísticas mostram que houve um considerável aumento das doenças alérgicas nas últimas décadas.
Nos anos 60, entre 100 habitantes na Alemanha, um era alérgico. Hoje 10% dos adultos e 20% das crianças apresentam sintomas de alergia. Entretanto, muitos problemas patológicos, considerados como alergia, são problemas causados por outros fatores. 
Alergia não é um diagnóstico suficiente
A maioria acha que o diagnóstico "alergia" indica a causa da doença. Isso é um erro grave. A pior consequência deste conceito errôneo é que o doente passa a acreditar que sua doença seja incurável. Ele acredita que a alergia é a causa de sua doença; que ele tem o azar de ser alérgico: "Alergia é algo que a gente tem, por isso não tem, cura". A alergia é vista como algo imutável, pessoal, com que é preciso se conformar.
Alergia não é congénita, mas adquirida
Entretanto, a alergia não é congenita, não é uma característica infeliz que não pode ser mudada.A reação alérgica é adquirida. O paciente alérgico era sadio antes de aparecer a alergia e, portanto, pode ser curado.
Alergia É UM SINTOMA
A rigor, a alergia não é a causa de uma doença, apenas é a prova de que alguém adoeceu: a alergia não é causa de uma doença, mas uma doença que tem causas que precisam ser pesquisadas, iniciando-se pelos hábitos alimentares.
Alergia é palavra da moda
A palavra alergia vem do grego e significa apenas "reação diferente" (al = diferente + ergien = reagir). O alérgico reage de maneira diferente do esperado, do "normal". Na linguagem "médica conhecemos denominações como hiperergia, reação intensa ou acima do normal. A palavra alergia diz apenas que a pessoa tem urna reação diferente da normal. Este conceito elástico se tornou padrão para um modismo.
Eu, Conceição Trucom, diria que a alergia pode ser considerada como um sintoma de estresse por elevado nível de intoxicação (vários níveis de consciência) ou consumo/uso exagerado de algo 'estressante', 'intoxicante'.
Pense em alguém com uma agenda LOTADA de tarefas, dias, meses e até anos seguidos. Não há tréguas, descanso, férias, respiros, alívios. Assim, chegará um dia em que mais 1 tarefa (simples que seja, como um ácaro que sempre esteve no ar que o cerca) será suficiente para causar uma crise nervosa, um surto ou colapso.
Portanto, desintoxicar-se é preciso...E, fato, várias alergias se dissolvem pelo simples hábito da desintoxicação diáriainterromper o consumo-prática do que provoca o quadro alérgico JUNTAMENTE com a alimentação desintoxicante.
A alergia tem causas
Quando uma pessoa reage de maneira diferente, isto deve ter alguma causa. Entretanto, estamos diante de um novo problema. A medicina acadêmica quase não pesquisa as causas. Geralmente o tratamento se resume no alívio dos sintomas e não se preocupa em eliminar as causas da doença.
Quando o paciente pergunta ao médico por que ficou doente, ele deseja saber a causa de sua doença. Entretanto, como o próprio médico desconhece estas causas, ele faz um diagnóstico. Por exemplo: "distúrbios circulatórios", ou "problemas da tiróide", ou "problema do fígado", ou "distúrbios hormonais", etc. Mas não explica as causas de tudo isso.
Assim, habilmente ele foge de citar as causas, porque não aprendeu a pesquisá-las. Na universidade não é ensinado que as doenças do aparelho locomotor, isto é, as doenças reumáticas, são doenças causadas pela alimentação moderna. As causas são consideradas como desconhecidas. As vezes, são rotuladas como doenças geriátricas ou doenças degenerativas, como se fosse possível provocar doenças pelo uso das articulações ou pela idade. O mesmo acontece com os inúmeros problemas metabólicos como a obesidade, o diabete, os cálculos biliares e renais, os distúrbios hepáticos, as doenças vasculares e, finalmente, as alergias.
Ninguém aponta os alimentos industrializados, destituídos de elementos vitais - farinhas, óleos e açúcares refinados - como causa dessas doenças. No imenso grupo dos distúrbios funcionais, dos distúrbios vegetativos e dos distúrbios emocionais, da depressão, das doenças psicossomáticas, também não se dá suficiente atenção a causas reais como o estilo de vida, a educação, a postura religiosa e espiritual. Nestas doenças, existe uma incapacidade para vencer os múltiplos problemas da vida. Estes fatores também contribuem para o aparecimento de todas as doenças - inclusive a alergia.
Se estas interdependências não são reconhecidas - como de fato acontece - pseudocausas são apontadas ERRONEAMENTE como causas.
Daí em diante será uma ilusão a forma de tratamento e cura...
Pseudocausas da alergia
Simplesmente, uma substância é tomada como causa. Por exemplo: na rinite alérgica são os diversos pólens; na asma é o pó ou mofo caseiro ou pêlos de cavalo. Os testes apontam milhares de substâncias como alérgenos, isto é, agentes capazes de produzir alergia. Visto assim, o problema é reduzido a um denominador simples. Precisamos apenas identificar a substância que produz alergia no doente e evitá-la. Teoricamente o problema parece solucionado. Porém, na realidade o problema é bem outro.
Não existem propriamente alergias
Existe somente alergia a uma determinada substância. O agente que produz alergia é chamado alérgeno ou antígeno. O corpo sadio desenvolve anticorpos específicos contra esses antígenos a fim de eliminar o ‘veneno’. Com isso, o efeito dos antígenos é neutralizado. Sem neutralização pela reação antígeno/anti-corpo, aparece a alergia. A alergia pode ser encarada como consequência de uma reação antígeno/anticorpo falha ou inexistente.
Isto significa que a alergia não é causada pelo antígeno, mas sim pela ausência de reação antígeno/anticorpo.
O exemplo da rinite alérgica ou febre do feno
Para dar um exemplo, vamos analisar uma alergia bem conhecida: a rinite alérgica. Em princípio, este exemplo é válido para todos os fenómenos alérgicos.
Ao nascer, a criança ainda não tem rinite alérgica, isto é, a reação antígeno/anticorpo está invicta. Isto pode perdurar por anos ou décadas. Há pessoas que não contraem rinite alérgica embora estejam em contato com o mesmo pólen que numa certa idade começa a produzir rinite alérgica em outras pessoas.
Se alguém vai contrair rinite alérgica - ou qualquer outra alergia - depende exclusivamente da capacidade do organismo de criar ou não anticorpos contra a invasão dos antigenos.
A incapacidade de criar anticorpos significa doença. Como na vida é praticamente impossível escapar aos inúmeros antigenos, a prevenção (ou cura) de uma alergia não pode consistir em evitar os antigenos. É necessário eliminar as causas da ausência de reação antígeno/anticorpo.
Para tanto, é preciso conhecer essas causas.
A importância da alimentação
A reação antígeno/anticorpo é um processo que se dá durante o metabolismo da proteína. O distúrbio da formação de anticorpos é causado por um distúrbio no metabolismo da proteína. Este distúrbio é, por sua vez, consequência de alimentação errada. Em primeiro lugar, é a proteína animal que sobrecarrega o metabolismo.
Neste último século, aumentou constantemente o consumo de proteína animal. Não foi apenas o consumo de carne que aumentou, mas também o consumo de outros tipos de proteína animal como leite, queijo, ricota, ovos, embutidos e peixe. Todos contribuem para o exagerado consumo de proteína animal. Este festival de proteína dos povos ditos ‘civilizados’ não provocou apenas um aumento das alergias mas também um batalhão de doenças reumáticas e um aumento de doenças cardiovasculares. Quanto a estas, o Prof. Lothar Wendt conseguiu provar a relação com a proteína animal.
No super consumo de proteína animal ocorre depósito de substância (polimucosa-carídeos) na membrana basal dos capilares. Isso provoca um engrossamento da parede dos capilares através da qual se dá o intercâmbio de substâncias entre o sangue e os tecidos.
As consequências são múltiplas: aumenta o colesterol e a pressão sanguínea. As alterações escleróticas dos vasos podem levar ao enfarte.
Os carboidratos refinados causam problemas adicionais
Na realidade, os processos metabólicos são muito mais complicados do que parecem ao contemplarmos apenas a proteína. Para melhor compreensão falamos de metabolismo de proteínas, de gorduras e de carboidratos. Entretanto, há um entrelaçamento estreito desses processos que não se desenrolam separadamente no organismo. Assim, distúrbios no metabolismo das gorduras e dos carboidratos também se manifestam no metabolismo das proteínas e vice-versa.
Observações levadas a cabo durante muito tempo confirmam que - no caso de doenças provocadas pela alimentação moderna - se trata de processos complexos. Ocorrem, simultânea e paralelamente, distúrbios no metabolismo das proteínas e dos carboidratos provocados pelos hábitos alimentares da civilização moderna.
Sabemos hoje de que maneira os carboidratos refinados - farinhas e açúcares industrializados - participam do desenvolvimento das doenças da civilização provocadas pela alimentação. Além das suas epidemias: cárie e reumatismo, pertencem a este grupo os múltiplos distúrbios metabólicos como obesidade, diabete, cálculos biliares e renais, doenças vasculares já mencionadas e, em parte, câncer. Também as alergias pertencem a este grupo. Um organismo prejudicado pelo consumo de farinhas e açúcares industrializados enfrenta mais dificuldades para digerir a proteína animal do que um organismo que não foi prejudicado por uma alimentação pobre nos elementos vitais (alimento vivo).
Os alimentos industrializados são nocivos não apenas porque carecem de elementos vitais, mas também porque, indiretamente, consomem as vitaminas que deveriam estar disponíveis para a metabolização dos demais alimentos. Os elementos vitais compreendem as vitaminas solúveis ern água ou gordura, os minerais, os oligoelementos, as enzimas, os ácidos graxos não saturados, as essências aromáticas e as fibras. É sabido que o açúcar inditstrializado rouba minerais e a vitamina B1, o que causa múltiplos distúrbios metabólicos.
Assim, não é coincidência que, buscando as causas do reumatismo, das doenças vasculares e das alergias, encontramos os carboidratos refinados e o consumo crescente de proteína animal.
Há diversos tipos de proteínas
Há inúmeros casos de alergia que não são causados por proteína animal em grande quantidade, mas, onde o organismo não aceita a menor quantidade de proteína animal, nesses doentes fica visível a relação entre alergia e proteína animal.
Isto acontece, principalmente, nos casos de eczemas e, de maneira especial, para o caso da neurodermatite. A neurodermatite é considerada incurável. Na verdade, é curável com um tratamento que considera as causas aqui expostas. Neste caso, a cura é prova da relação que existe entre o tipo de alimentação e a doença.
A neurodermatite mostra o efeito negativo do leite animal
A neurodermatite geralmente começa no bebê durante o desmame, quando ele começa a ingerir leite animal. É a proteína estranha que produz o eczema. Como o bebê, via de regra, recebe apenas um alimento, o leite, fica fácil reconhecer a diferença entre diversos tipos de leite - o materno e o de vaca. A diferença reside no tipo de proteína, e não no teor de gorduras e carboidratos. Distinguimos entre a proteína própria do leite materno e a proteína estranha do leite de vaca.
Agora seria interessante dar uma olhada na vida animal.
Todos os mamíferos - e o homem é um mamífero - são alimentados com o leite da própria espécie. Terminado este período, nenhum mamífero continua tomando leite, muito menos leite de outra espécie. É ridículo imaginar que um leão não possa crescer sem leite de elefante e o elefante não adquira tamanho e força sem leite de jumento. A mãe humana foi convencida de que o bebê não se desenvolve sem leite de vaca. É grande o número de crianças que adoecem ern virtude do leite de vaca. São mais ou menos um terço ou um quarto de todas as crianças. Principalmente as crianças linfáticas não se dão com o leite de vaca e ficam com eczemas, asma, ínguas, amígdalas grandes, repetidas infecções, resfriados. Em algumas crianças, o proble¬ma aparece mais na pele: noutras, mais nas mucosas. Não raro o local afetado muda: ora aparece nas mucosas corno asma, ora na pele como eczema, ora nas duas formas simultaneamente.
O leite demonstra o efeito adverso da proteína animal de forma impressionante. Por outro lado, também explica por que doenças alérgicas já aparecem cedo, justo em crianças. É forçoso concluir que, para o tratamento de doenças alérgicas como asma e eczemas, devem ser evitadas todas as proteínas animais como leite, ricota, queijo, ovos, embutidos, carnes e peixes.
Nas doenças alérgicas do adulto o leite não tem mais o papel principal, e sim o consumo de laticínios como queijos, carnes, embutidos, ovos e peixe. Infelizmente, para muitas formas graves e persistentes de alergia, não basta a redução da proteína animal para se obter êxito. É necessário evitar proteína animal por completo durante um certo período. A duração deste período varia de acordo com a evolução e a gravidade da doença. Se os sintomas retornam quando adicionamos um pouco de proteína animal, esta terá de ser novamente retirada do cardápio. Posteriormente, essa tentativa pode ser repetida.
A sensibilidade quanto aos vários tipos, de proteína animal varia de pessoa para pessoa. Uma reage mal ao ovo, outra reage mal à carne ou ao peixe. Geralmente, encontramos a maior intolerância à proteína - não à gordura - do leite (ricota, queijo ou o próprio leite em todas as suas formas, que incluem o leite fermentado, no qual o conteúdo protéico não se modifica). Isso se manifesta de forma clara nas crianças.
Os vegetais cobrindo a necessidade de proteínas
A velha fisiologia alimentar incutiu o pavor de que a necessidade de proteína não pode ser satisfeita sem proteína animal. A simples falta de carne provoca perguntas assustadas. Se, além disso, é preciso evitar leite, queijos, ovos, embutidos e peixe, a maioria das pessoas vai temer pela saúde. Este conceito errôneo é resultado de uma teoria alimentar ultrapassada que propaga aos quatros ventos que o homem não pode viver sem proteína animal. Este conceito ficou arraigado tão firmemente na mente humana que hoje representa a opinião popular. Acreditava-se que a proteína vegetal não continha todos os aminoácidos necessários.
Como já foi dito, as proteínas se compõem de cerca de 20 aminoácidos, dos quais cerca de 8 não podem ser produzidos pelo organismo humano: dependemos da comida para nos suprir desses aminoácidos chamados essenciais.
Antigamente, supunha-se que as plantas não continham todos os aminoácidos essenciais. Há pelo menos 40 anos sabemos que isso é um engano: a proteína vegetal contém todos os aminoácidos essenciais. Isto significa que o homem não depende do consumo de produtos animais para cobertura de suas necessidades proteicas.
Quanto à quantidade da proteína necessária, também existem conceitos decorrentes da teoria alimentar superada. O melhor parâmetro para a quantidade de proteína é o leite materno. Ele contém pouca proteína, apenas 1,4 a 2,5%. Com estas quantidades mínimas o bebê se desenvolve magnificamente, dobrando o peso em menos de um ano. Assim, a Mãe Natureza nos mostra quanto de proteína é necessário ao homem.
Como os vegetais contêm aproximadamente 3% de proteína - isto é, mais do que o leite materno - compreendemos quão injustificado é o pavor da falta de proteína.
Qualidade da proteína
Na questão da proteína devemos considerar não apenas a quantidade, mas principalmente a qualidade. Segundo as pesquisas de Kollath, distinguimos hoje entre proteína viva e proteína morta. A proteína viva é natural, enquanto a proteína morta, desnaturada, perdeu sua vitalidade no aquecimento. As pesquisas com alimentação de animais indicam que o desenvolvimento do animal depende da proteína ser natural ou desnaturada. Os animais que vivem em liberdade não consomem alimentos cozidos. Apenas o homem aquece seus alimentos antes do consumo. Se forçamos os animais a consumir alimentos cozidos, eles sofrem de doenças parecidas com as do homem civilizado. Antigamente, supunha-se que as causas eram a falta de vitaminas. Pelas pesquisas de Kollath sabemos que a causa é a desnaturação da proteína. O homem geralmente consome proteína animal cozida, isto é, em estado desnaturado.
Quando a necessidade de proteína é satisfeita apenas com vegetais, existe uma grande vantagem - podem ser consumidos crus com a proteína ainda viva. Por isso a necessidade de proteínas pode ser coberta, na alimentação vegetariana, com quantidades relativamente pequenas.
O aparecimento de uma alergia leva tempo
Quando doenças alérgicas como asma, eczema e rinite alérgica aparecem na idade adulta, podemos perceber que a evolução de um problema protéico (como as falhas na reação antígeno/anticorpo) muitas vezes necessita de um longo período. O fator tempo vai mascarando a relação que existe entre a substância nociva e a doença. O período de tempo necessário para o distúrbio metabólico evoluir a ponto de aparecer uma doença alérgica difere de uma pessoa para outra. Esse período depende da constituição individual, da quantidade e do tipo da proteína animal consumida. Também depende dos efeitos da má alimentação e do estresse.
O fator tempo tem importância na evolução da alergia e também no tratamento. Ele define se uma cura ainda é possível e a duração do tratamento. Doenças que levaram décadas para evoluir também precisam de tempo até que, afastadas as causas, o organismo se refaça e eventualmente haja uma cura. Quanto mais cedo se iniciar o tratamento, eliminando os fatores prejudiciais, e quanto mais rigoroso for o tratamento, tanto mais depressa virá o êxito. Entretanto, uma doença que se manifesta tarde na vida indica um organismo relativamente sadio que conseguiu vencer por muito tempo as influências prejudiciais, sem adoecer. Nesse caso, a possibilidade de cura é melhor do que num organismo que já adoeceu devido à sua constituição. Quanto mais cedo aparece a doença, menor é a defesa imunológica inata. Neste caso, as causas da doença devem ser evitadas com maior rigor e duração.
Uma predisposição maior para a doença, com defesa imunológica diminuída, também tem suas causas. Não tem origem no próprio doente, mas vem dos seus antepassados. Pais e avós expostos à alimentação industrializada (carboidratos e óleos refinados) e à grande quantidade de proteína animal, ou que tenham sofrido doenças de outra origem, transmitem os pontos fracos à próxima geração. Hoje sabemos que defeitos provocados no ADN por falhas alimentares são hereditários. Também isso explica por que as doenças que antigamente só se viam em pessoas idosas (ex. diabete) hoje já surgem em crianças.
Para curar, por exemplo, uma rinite alérgica que surgiu aos 30 anos, geralmente bastam 3 anos de abstinência absoluta de proteína animal para a doença desaparecer por completo. O organismo mostra que, por 30 anos conseguiu reagir à proteína animal, pois o pólen existia desde o nascimento, sem fazê-lo adoecer. Entretanto, se a rinite alérgica já aparece com 7 anos, isto indica que o organismo é sensível à proteína animal. Por isso, as causas devem ser rigorosamente evitadas por um longo período ou até pelo resto da vida.
Quanto ao componente alérgico, acontece com a asma o mesmo que ocorre com a rinite alérgica. Entretanto, na asma há outros fatores que tornam a cura muito mais difícil. Em muitos casos, somente corrigir o tipo de alimentação não é suficiente. É, porém uma pré condição de tratamento.
Na asma, às vezes também existe uma infecção, confirmada quando os acessos começam com uma infecção das vias aéreas superiores. Para enfrentar a predisposição a infecções, há necessidade de alimentação integral rica em elementos vitais; há necessidade de evitar carboidratos refinados, e a pessoa precisa de grande quantidade de alimentos crus.
O terceiro componente é psicológico. Asma é uma doença de estresse. O tipo asmático geralmente é introvertido; ele tenta resolver seus problemas consigo mesmo. Uma consulta psicoterapêutica é muito mais difícil do que com uma pessoa extrovertida. Já na infância encontramos tensões emocionais. A criança que vive na atmosfera carregada de um casamento cheio de tensões ou sob um pai autoritário não consegue respirar livremente. O clima familiar pode produzir asma. Em sentido figurado, podemos falar de alergia por pressão emocional.
Uma criança sente as tensões na atmosfera familiar mesmo quando os pais escondem os conflitos e evitam brigar em sua presença. A criança não demonstra que sofre numa atmosfera que aparentemente está em ordem. Estes processos se desenrolam no inconsciente. Que isto é verdade só é demonstrado pela psicoterapia na idade adulta.
Rodeados por uma sociedade que venera doces e carnes, parece lógica a desculpa de que é difícil, senão impossível, manter uma alimentação isenta de produtos refinados e proteínas animais. A desculpa acrescenta que seríamos segregados e teríamos um relacionamento frustrante com os demais. Entretanto, não precisa ser assim. A libertação de uma doença crônica, considerada incurável, também pode levar à libertação da personalidade no âmbito espiritual e a certo distanciamento do que pensam os outros. Novas tarefas, nunca imaginadas, aparecem. Muitas vezes há necessidade de apoio psicológico. 
Por outro lado, há muitos doentes que estariam dispostos a assumir um fardo pesado se apenas conhecessem o caminho para vencer a doença. Tarefas simples qualquer um pode solucionar, mas vale a pena enfrentar tarefas difíceis que trazem um progresso no desenvolvimento da personalidade. Enquanto o doente não experimenta saúde, ele é coagido a seguir terapias habituais no tratamento das doenças alérgicas. Portanto, parece ser necessário tecer alguns comentários sobre estas terapias.
O tratamento sintomático não cura
Hoje em dia é procedimento normal suprimir os sintomas alérgicos por meio de cortisona. Nos eczemas são usadas pomadas que contêm cortisona. A rinite alérgica restrita a uma estação do ano pode ser evitada por uma injeção de cortisona de efeito prolongado. Porém, abandonando os medicamentos, fica claro que apenas houve uma supressão dos sintomas desagradáveis, sem ocorrer a cura.
Também o tratamento local de eczemas, com pomadas de efeito passageiro sem cortisona, não traz melhora duradoura. Além disso, o tratamento prolongado com pomadas gordurosas seca a pele, que não mais produz gordura suficiente. Por este motivo, o paciente gostaria de continuar usando a pomada, o que, entretanto, impede a cura do eczema. A pele seca, provocada pela pomada, volta ao normal ao abandonar o tratamento. Ela volta a produzir gordura própria, quando deixamos de passar mais gordura externamente.
O tratamento local com pomadas apresenta outros inconvenientes. Muitas pomadas são usadas contra coceira. Quando paramos de usar a pomada sem corrigir a alimentação, a coceira volta e força novo uso. Em muitos casos o uso prolongado provoca uma alergia contra a substância que forma a base da pomada.
O medicamento aplicado através da pomada (cortisona, enxofre ou ácido salicílico) tem que ser incorporado a uma base, como vaselina, lanolina, eucerin, etc. Mas a pele muitas vezes cria uma sensibilidade contra a base de uma pomada usada por muito tempo e que o próprio medicamento não consegue suprimir. Na prática, isto fica claro quando o eczema não sara apesar da dieta rigorosa durante o uso continuado da pomada. Abandonando a pomada, a coceira diminui dia a dia e o paciente verifica rapidamente que passa melhor sem ela. O paciente segue o conselho médico de deixar a pomada sem muita convicção. Apesar da explicação detalhada, ele não compreende o mecanismo e percebe apenas o alívio momentâneo.
No tratamento com corticóides também existe o perigo de formar dependência e o paciente ficar amarrado ao medicamento por toda a vida. No caso de um tratamento prolongado, é preciso arcar com os efeitos colaterais.
Outra terapia muito comum é a desensibilização através de injeções de antígenos extremamente dissolvidos a fim de coagir o organismo a formar anticorpos. Teoricamente parece um método razoável; na prática, apesar de muito trabalhoso, é decepcionante. A condição para este tratamento é a descoberta do(s) antígeno(s). Para isso, é preciso testar inúmeras substâncias. A indústria farmacêutica coloca à disposição uma gama ilimitada de substâncias para teste, pois, teoricamente, qualquer substância no meio ambiente pode ser responsável pela alergia: cada planta, cada árvore, cada produto da indústria química, etc.
Estes testes mostram um fenômeno muito interessante. No início de uma doença alérgica, os testes indicam poucas substâncias a que o paciente reage. Quanto mais prolongada a doença, mais substâncias provocam uma reação no paciente. Isto prova que não é a substância que produz a alergia, mas a crescente deterioração da defesa imunológica, À medida que a doença evolui - se a alimentação não for mudada - aumenta constantemente o número de alergenos. Ao contrário, corrigida a alimentação, o número de alergenos diminui. Isto mostra que os testes controlam mais a capacidade de reação do organismo e menos a ação dos antígenos. Fica claro que a desensibilização baseada nos testes tem pouco efeito prático; constitui mero alívio de sintomas.
Também o muito usado tratamento com anti-histamínicos apenas serve de alívio, sem levar à cura.
RESUMINDO: O problema das alergias é um problema de proteínas. A alergia é o resultado de uma produção insuficiente de anticorpos contra os antígenos, provocada por um distúrbio no metabolismo da proteína devido ao consumo de proteína animal. Evitar o consumo de proteína animal constitui a medida terapêutica mais importante. Ao mesmo tempo é preciso assegurar elementos vitais em quantidade suficiente. Isto se consegue evitando produtos industrializados como açúcar, farinhas e óleos refinados. Além disso, há necessidade de grande quantidade de frutas frescas e saladas de hortaliças cruas. Este é o tratamento básico para eczemas de todos os tipos, neurodermatite, rinite alérgica e asma.

 Texto extraído do livro Doenças do Homem Civilizado Dr. Max Otto Bruker - editora TAPs.
Dr. Max Otto Bruker (1909 - 2001) foi um médico alemão, corajoso e pacifista, que durante 45 anos atuou como Diretor Clínico em diversos hospitais, promovendo uma medicina natural e ajudando inúmeros doentes através dos livros que o tornaram conhecido. Fundou em Lahnstein, em 1989, a entidade filantrópica GGB, Gesellschaft fur Gesundheitsberatung, que assegura a continuidade de sua obra.

Silício Orgânico, o que é?





O silício orgânico pode ser uma solução muito interessante para as pessoas que sofrem de osteoartrite, e pode tratar muitas outras doenças, tais como osteoporose, aterosclerose (lesões nas artérias), muitos problemas de pele e de cabelo, fortalecimento do sistema imunológico. É por isso, que hoje, dedicamos-lhe um artigo completo.



As origens do silício orgânico

Areia, quartzo, e muitas outras rochas são feitas à base de silício, que é, o segundo elemento mais abundante na crosta terrestre, depois do oxigénio e antes do alumínio.

Mas acontece que  também existe silício no nosso corpo, e especialmente no nosso tecido conjuntivo, ou seja, nos ossos, cartilagens, pele e tecidos de suporte.

O silício é um dos mais importantes minerais presentes no corpo humano: o nosso organismo contém cerca de 7 gr, contra 2 gr de zinco e 4 gr de ferro, portanto é muito importante.

Com a idade, as reservas de silício diminuem de forma alarmante. E a alimentação moderna, como de costume, agrava as coisas, porque não consumimos muitos alimentos ricos em silício: cereais, frutas e legumes de qualidade e água mineral. A água da torneira, em particular, hoje em dia é sistematicamente inundada por alumínio, que remove a maior parte dos silicatos.

No entanto, o silício é necessário para a biossíntese de muitas moléculas, tais como o colagénio, a elastina e o ácido hialurónico, componentes essenciais do sistema de cartilagem, ossos, pele e sistema imunitário. O silício também entra na constituição do cabelo e das unhas.

Passemos brevemente em revista os seus efeitos sobre as diferentes doenças:  

Osteoartrite: o silício é essencial para a síntese de glicosaminoglicanas, encontradas em abundância na cartilagem. A deficiência de silício pode, assim, provocar osteoartrite, que é causada por um problema de regeneração da cartilagem. Estudos sobre cartilagem embrionária mostram que o seu crescimento está relacionado com a presença de silício, que catalisa a prolil hidroxilase essencial para a biossíntese do colagénio e das glicosaminoglicanas.

Doenças cardiovasculares: o silício intervém na síntese e no arranjo das fibras de elastina e colagénio, constituintes das paredes arteriais, as quais melhoram a flexibilidade. Seria uma excelente protecção contra a aterosclerose, doença cardiovascular que pode causar ataque cardíaco, e reduz a hipertensão. As análises da composição das artérias saudáveis, e fortemente danificadas pela placa aterosclerótica, mostrou claramente uma baixa taxa de silício nas artérias doentes.

Problemas de pele: quanto mais a pele é rica em silício, mais ela é flexível, espessa, pouco enrugada, e cicatriza mais facilmente. Com efeito, o tecido da derme localizado sob a pele alimenta-a, comporta uma matriz extracelular que é constituída por fibras de colagénio, elastina e glicosaminoglicanos. Como vimos, o silício é essencial para a criação e renovação dessas fibras. Um baixo teor de silício está também associado a problemas de pele, como a psoríase.

Cabelo: o silício impede a perda de cabelo e promove o crescimento, agindo sobre a raiz.

Uma substância interessante contra o envelhecimento

O silício é um instrumento fundamental na luta contra o envelhecimento:
. o envelhecimento ao nível  articular com osteoartrite;
. o envelhecimento ósseo com a osteoporose;
. o envelhecimento da pele, com as rugas e problemas de cicatrização;
. o envelhecimento das artérias com a aterosclerose.

Diferentes estudos mostraram que existe uma diminuição significativa das taxas de silício, para cima de 80%, especialmente na pele e nas artérias com a idade, e em particular nas mulheres a partir da menopausa.

Será que isso significa atirar-se à primeira pilha de areia, para reabastecer as suas reservas de silício?

Será suficiente comer areia para restabelecer o equilíbrio ?

Ai, não, não é tão simples. A areia contém uma grande quantidade de silício, mas, oxidados e inertes. Provavelmente não tem valor terapêutico, uma vez que não pode ser assimilada pelo organismo.

Eu escrevo "provavelmente" porque, por incrível que pareça, existe no Norte de África a tradição de enterrar na areia, as pessoas que sofriam de  reumatismo. Segundo Loïc Le Ribault, os grãos de areia teriam apenas à sua superfície uma camada fina de silício orgânico, isto é, activo e assimilado pelo organismo, e especialmente eficaz contra a osteoartrite, osteoporose, problemas de pele e arteriosclerose.

Estas declarações, no entanto, nunca foram comprovadas por pesquisas independentes, deixe-mo-las de lado aqui. Voltamos à areia, então.

Se comer areia, não temos nenhum efeito benéfico, uma vez que de qualquer maneira, será evacuada através do seu corpo sem ter sido absorvida.

Mas o silício também se encontra na natureza na forma de: "coloidal", que é, como dizer, por micropartículas em suspensão num líquido, tal como a seiva de certas plantas: a urtiga, a cavalinha e o bambu.

No entanto, mesmo na forma "coloidal", trata-se de uma forma mineral, muito mal absorvida pelo organismo. Apenas 1 a 10% conseguiram passar a barreira intestinal. Para a pequena parte que conseguirá passar no seu sangue, a maioria nunca entrará ao nível das células e do tecido conjuntivo. Será eliminada pelos rins,  na urina. Fará bem em comer 15-40 mg por dia, se  tem uma alimentação normal, pode chegar a 2 mg por dia.

Mas o silício também existe na forma biológica, isto é, não-oxidada (dizemos "reduzido"), solúvel em água e, portanto, activo e altamente absorvido pelo organismo, incluindo a nível celular.

Para os leitores que têm conhecimentos de química, é interessante saber que o o silício orgânico é constituído de um grupo metilo (um átomo de carbono e três átomos de hidrogénio), ligado a um átomo de silício, ele próprio ligado a um, dois ou três ligações álcoois (-OH). Quanto mais há álcool de ligação, mais o silício é activo.

A molécula principal utilizada em suplementos alimentares, e desenvolvida por Norbert Duffaut, é o triol silano monometílico (MMST), que contem três grupos de álcoois (o máximo).

Utilização

O MMST pode ser utilizado como uma loção. É aplicado sobre a pele com uma compressa embebida. Como penetra bem na pele, junta-se ao tecido conjuntivo mais próximo. Este foi o método utilizado por Norbert Duffaut.

Existe também sob a forma de gel, mais fácil de utilização, mas é então misturado com excipientes, que deve de ser verificado se cumprem os requisitos da carta "Cosmebio" para ter um produto ideal. E existe sob a forma bebivel bio-activado.

À vossa Saúde!

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Manteiga de azeite de oliva substitui com vantagem margarina e manteiga comum

O azeite extravirgem de oliva é uma das gorduras mais saudáveis que existem na natureza.

Muito mais saudável que a manteiga e ainda mais que a margarina.


Uma pequena quantidade de azeite extravirgem (20 mililitros) supre 20% das necessidades diárias de vitamina E, que combate os famosos radicais livres (moléculas que circulam pelo sangue, causando doenças do coração, câncer e envelhecimento precoce). 


O azeite também tem a capacidade de reduzir o colesterol ruim.


E é indiscutível que um bom azeite deixa os pratos muito mais deliciosos.


Agora, imagine o sabor da manteiga de azeite de oliva...


É simplesmente maravilhoso!



Fácil de fazer, ela é muito melhor para a saúde que a manteiga comum e a margarina.


Lá vai a receita:


INGREDIENTES


2 xícara (chá) de azeite extravirgem de oliva


Ervas a gosto (orégano, manjericão, alecrim, louro, sálvia)


Pimenta-do-reino em grãos moídos na hora


Alho triturado a gosto (opcional)


MODO DE PREPARO


Bata todos os ingredientes no liquidificador.


Coloque em um pote com tampa e leve à geladeira por cerca de quatro horas ou até endurecer, quando a manteiga de azeite já poderá ser consumida.


Conserve na geladeira (a nossa durou bem por quase um mês).